quarta-feira, 8 de junho de 2011

A todos os que colaboraram no Dia Catequístico Diocesano

No passado dia 30 de Maio, o Padre Rodolfo enviou-nos esta mensagem:

«Muito obrigado pelo dia de ontem. Foi muito bom, embora trabalhoso, para todos nós. Ontem construímos Igreja. Um abraço. P. Rodolfo»

A colaboração dos que ajudaram foi generosa e o esforço valeu a pena, porque foi feito por amor a Deus e sabendo que é só Ele que faz o nosso trabalho render e valer a pena. A festa foi linda! Foi um grande momento pastoral. Deus recompense a todos os voluntários das nossas paróquias que ajudaram.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Arranque da catequese 2010/11

O início da catequese vai ser no dia 10 de Outubro. Na Missa desse Domingo os catequistas de cada paróquia serão apresentados a toda a comunidade e enviados.Antes do início da catequese, a(o) coordenador(a) de cada centro de catequese vai convocar uma reunião com todos os pais (em dia e hora a definir pela(o) coordenador(a) do lugar), como tem sido habitual. Todos os pais e catequistas devem comparecer nesta reunião para que a catequese seja bem organizada em cada lugar, com todos os seus pormenores práticos e não só, e comece bem, com boa organização, logo desde o dia da abertura. A primeira festa de catequese que vamos realizar será a Festa do Acolhimento, na qual daremos as boas vindas aos meninos do 1º ano. Esta festa vai ser feita do Domingo dia 31 de Outubro. A falta de catequistas é uma das grandes dificuldades que a nossa catequese enfrenta. Por isso, como já foi anunciado, são bem vindas as pessoas que se quiserem oferecer para catequistas. Porém, para que possam ser admitidas como catequistas, as pessoas que se oferecem devem cumprir alguns requisitos de idoneidade importantes, principalmente no que toca à sua prática cristã e conduta de vida. Compete à(ao) coordenador(a) e aos párocos pronunciar-se, sempre que necessário, acerca da idoneidade de qualquer catequista.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Lugares de Beleza!


Pavel Evdokìmov, teólogo e pensador russo, escreveu um dia: “Nós comunicamos com a beleza de uma paisagem, de um rosto, ou de uma poesia como comunicamos com um amigo, e experimentamos uma estranha sintonia com uma realidade que parece ser a pátria da nossa alma, perdida e reencontrada”.Aquilo que queremos expressar de mais profundo não cabe, muitas vezes, em simples palavras. Ocorrem-nos surpresas e encontros que nos revelam paisagens que mostram exactamente aquilo que sentimos. Vivemos entre espaços perdidos, lugares de ninguém, onde os sonhos teimam em nos arrastar para um destino feliz.A beleza é este espaço de promessa onde a vida aparece como qualquer coisa já conseguida. Por um momento, temos a oportunidade de gritar a plenos pulmões que tudo vale a pena. Isto é um privilégio, para quem puder estar atento à eternidade que nos tocou improvisamente. Um grande artista põe em papel, tela e cor um rasgo de sentimento e intuição que ultrapassa os limites do que acontece num momento preciso. Fomos transportados para além de nós próprios. A genialidade é esta capacidade de abrir uma outra dimensão da vida, de sermos radicalmente optimistas, acreditarmos no poder das nossas acções e da nossa bondade.


Na minha vida, tive já estes momentos de encontro e esperança a partir da beleza?


Um mês depois da visita de Bento XVI a Portugal, certamente todos recordam uma das suas expressões mais significativas, dita ao mundo da cultura no Centro Cultural de Belém: “Fazei das vossas vidas lugares de beleza”. O que mais fica destas palavras é um desafio enorme a sermos também artistas e geniais no modo como estamos na vida. É imenso pensar que podemos ter, na vida concreta, um espaço onde alguém pode encontrar esperança e energia para o futuro. O nosso exemplo atinge as pessoas que estão à nossa volta.É uma outra forma de amar, isto é, fazer da nossa vida um serviço à beleza. Pessoalmente, dá-me muita esperança conhecer muitas pessoas que comunicam beleza na simplicidade do que são. Não é por acaso que, no seu discurso, o Papa une a verdade à beleza. Na medida em que somos aquilo que somos, sem comparações e máscaras, aparecemos como um espaço onde os outros podem caminhar com segurança, sentir-se aceites, valiosos no que são. A verdade manifesta um olhar transparente sobre a vida. Como se fosse retirar um véu que mostra verdadeiramente quem somos, beleza e transformação.


Na minha vida, consigo unir a verdade e a beleza?


Sendo aquilo que sou, crio espaços de esperança e optimismo à minha volta?

António Valério, Sj

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Igreja não prova a existência de Deus, testemunha-a.

Que provas dá a Igreja da existência de Deus?, perguntaram-me há dias.Como responder a uma pergunta, imagino que sincera, mas, em si mesma, tão insidiosa? Que dizer de significativo se, à partida, Deus fosse colocado como simples objecto de uma prova científica ou como demonstração de tipo matemático? Existirá, na história do cristianismo, uma única pessoa que tenha chegado à fé, só porque alguém, particularmente inteligente e claro, lhe provou que Deus, de facto, existe? Ou, ao invés, haverá alguém que deixe de crer, simplesmente porque outro, igualmente inteligente e muito esclarecido, lhe prova que Deus, afinal, não existe?

Bastaria abrir uma só vez qualquer página da Escritura para perceber que, na tradição hebraico-cristã, a existência de Deus se coloca num registo totalmente diferente. Antes de mais, porque é o Deus de um povo, de homens e de mulheres de carne e de respiro. Ou bastaria recordar que o cristianismo não se compreende sem a encarnação de Deus na história de Jesus. Portanto, que Deus não diz de Si senão enquanto Se dá a nós, dando-Se a reconhecer por dentro dos cumes e dos abismos da nossa humanidade, das nossas linguagens, dos nossos ritmos e lugares. A fé cristã não professa simplesmente que Deus existe (seria tão pouco ou quase nada), mas, sim, que a Sua existência é radicalmente relevante para a nossa. Em Jesus, sim, professa que Deus existe, mas enquanto existe desde sempre para nós e que é para sempre connosco. Deus é enquanto Se dá e dá-Se enquanto Se dá ao reconhecimento dos nossos afectos e da nossa inteligência. No fundo, da nossa liberdade.

É verdade que o tema das provas da existência de Deus é muito antigo no pensamento cristão. Diz respeito ao «conjunto de procedimentos intelectuais pelos quais a razão humana se eleva até à formulação de Deus». Sobre ele escreveram pensadores de tanta relevância como S. Agostinho, S. Anselmo, S. Tomás, Kant ou Hegel. Em 1870, foi um Concílio, o Vaticano I, a afirmar que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido e, portanto, demonstrado a partir «das obras visíveis da criação», tal como uma causa é conhecida pelos seus efeitos. Não é pouco o que aqui se declara. Trata-se da relação íntima e inseparável que, no cristianismo, se estabelece entre criação, fé, inteligência e procura da verdade. Ou, de outro modo, da afirmação de que Deus, Aquele que na fé Se professa e Se adora, não é estranho à razão que partilhamos enquanto seres humanos. O Papa Bento XVI não se tem cansado de o recordar. Sabemos, porém, que colocar, hoje, a questão de Deus em termos de provas irrefutáveis, ilude, antes de mais, a dinâmica e a fecundidade existencial da fé que é sempre visceral e dramática. Sendo questão de vida, não pode não implicar a totalidade de uma vida e uma vida toda. Além disso, não é difícil encontrar quem, por meio de provas irrefutáveis, pretenda argumentar a não existência de Deus. Basta recordar R. Dawkins (A ilusão de Deus) – autor que recentemente escreveu sobre as «razões para não crer». Colocando-se no campo das provas, pretendeu provar, finalmente, que Deus é apenas uma ilusão. Mas, dito isto, sobre Deus e sobre a fé, não ficou ainda (quase) tudo por dizer?

Voltando à pergunta inicial – que provas dá a Igreja da existência de Deus? – responderei que a Igreja não prova, testemunha. A primeira testemunha é o próprio Jesus que, na história da sua vida entre nós, realiza a reciprocidade mais perfeita que um homem pode desejar ter com a sua própria origem. A esta chamou Pai. Assim é para cada cristão. Pela configuração da sua vida ao Evangelho de Jesus, cada qual, segundo a sua medida, diz quem Deus é, garantindo que quer ser para nós, mas não sem implicar a nossa liberdade. Depois, por serem testemunhas, nem os cristãos, nem os mártires entre eles, são cópias ou repetidores. Por darem uma configuração particular e única à «verdade que é a vida de todos e de sempre»; por lhe darem corpo e biografia, cada qual testemunhará sempre a originalidade de um encontro único, dizendo, por isso, algo de singular sobre a infinita riqueza de Deus que é para nós.

Para aprofundar:J. I. G. FAUS – I. SOTELO, Deus e a Fé, Casa das Letras, 2005.
E. SALMANN, La palabra partida: Cristianismo y cultura postmoderna, PPC, 1999.
P. SEQUERI, La idea de la fé, Sigueme, 2007.
José Frazão Correia sj

sábado, 27 de março de 2010

Encontro de preparação para o Crisma


Nos próximos dias 29 e 30 de Março, segunda e terça da Semana Santa, os jovens do 10ºano de catequese irão fazer a preparação para a celebração do crisma!


Há momentos que precisamos naturalmente de preparar. Se alguns os preparamos nos seus aspectos estéticos, há outros, cuja preparação tem de ser feita dentro do coração. O crisma é um desses momentos! É a celebração de um sacramento (sinal visível da graça de Deus invisível). Não é simplesmente um dia bonito… é o fim de uma etapa, mas o início de um novo desafio: ser verdadeiramente cristão!


O encontro realizar-se-á na casa dos padres Franciscanos, no Marco dos Pereiros. Sairemos da Igreja de Lagares da Beira, às 9h00 de segunda-feira e regressaremos no dia seguinte às 17h00!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Com uma pedra no “sapato”…


A vida é feita de sinais que se tornam símbolos! A Quaresma está cheia deles: reconciliação, jejum e abstinência (normalmente de carne às sextas-feiras), renúncias; tempos de oração mais prolongados! Símbolos estes, que desafiam a uma autenticidade da própria fé. Para além destes que procuraremos observar, haverá um que se torna um desafio às nossas sete comunidades, que será um carregarmos uma pequena pedra ao longo de toda a quaresma, até ao dia em que celebrarmos o sacramento da reconciliação. Esta pedra, distribuída no final de cada celebração, recordar-nos-á outras “pedras”, as do coração. Deus quer tornar o nosso coração de pedra, num coração de carne, mais humano e bom.